…e ainda bem que é usado um boneco! Se a Olívia pudesse ver daqui de dentro as barbaridades que eu aprontei com o ‘avatar’ dela aqui fora, não ia querer sair nunca mais.
Falando sério, hoje foi o curso de gestantes na maternidade que escolhemos. Durou o dia inteirinho, das 8h às 17h. Na avaliação final achei o preço caro (se bem que na faculdade de comunicação já diziam que a informação vale ouro), mas compensa por alguns motivos. Um deles é conhecer parte da equipe e chefia de equipe que cuidará de mim e de minha cria na maternidade e já sacar a ‘filosofia’ (taí uma palavra muito usada no curso) do local. Outro é ver em detalhes todos os procedimentos que são feitos com mãe e bebê antes, durante e depois do parto – e aí as dúvidas se tornam muito mais objetivas. Também esclarece algumas questões nebulosas que, mesmo para as que se entopem de informação como eu, continuavam em uma área cinza (por exemplo, que é verdade que basta água morna e algodão pra limpar a bunda da criança). Finalmente, marido aprendeu a fazer comigo vários exercícios e massagens delícias na aula de relaxamento, uhu.
As ressalvas ficam principalmente por conta dos pressupostos, que incomodaram muito mais o marido (no fim tentei abstrair isso e me apegar ao lado pragmático da coisa). Mas concordo com ele que tem coisa que é fueda – tipo na recepção do curso a moça já ir dizendo ‘deixaram o carro no estacionamento, né, tá aqui o cupom que isenta do pagamento’. Oi, desculpa, mas não só não deixamos o carro no estacionamento como nem viemos nele – aliás, não temos um. Ou ‘vamos supor que você precise sair e deixar o bebê com alguém – a mãe, a babá, a sogra ou a tia…’ – calma lá, e o pai? Por que só tem opção de parentes do sexo feminino aí? O pai não deveria ser a primeira? Por que se pressupõe que só um parente do sexo feminino estará disponível e saberá cuidar da criança?
Enfin… compensa, e até que foi divertido. O melhor foi ver a cara de horror do marido enquanto mostravam um vídeo verdadeiro sobre… não, não era o parto, mas o banho! A favor dele, preciso dizer que parecia mesmo uma sessão de tortura. Eu tive que me segurar para não chorar junto com o bebê da tela.